10 agosto 2013

Eu admirava-te, o meu olhar enchia-se de orgulho quando te observava, quando te observava a sorrir e a fazeres com que todos à tua volta sorrissem, tenho saudades de ver em ti aquela tua luz, aquela tua alegria que te era tão própria, espero que um dia a recuperes. Retiraste-me a minha inocência, fizeste com que deixasse de acreditar em mim própria, fizeste com que deixasse de dar valor aos meus objectivos  aos meus sonhos, reduziste as minhas ilusões de criança a cinzas e fizeste de mim aquilo que sou hoje. Alguém muito mais madura mas também mais fria, mais realista, mais egoísta. Prometo que não deixarei que mais ninguém me magoe da forma como tu me magoaste. Nunca quis que me magoasses, muito menos quis magoar-te. Eu deixei de ser a pessoa que em tempos amaste e tu deixaste de ser a pessoa que em tempos amei. O nó na garganta continua aqui, a atormentar-me todos os dias. Tu mudaste-me. Eu mudei-te.

10 maio 2013

Tu não sabes o quanto me custa mentir-te, o quanto me custa dizer que não te amo. Tu não imaginas quanto do meu sorriso é falso, quanta da minha felicidade se foi embora quando eu decidi ir para nunca mais voltar. O meu coração não podia ter mais feridas, desilusões e mágoas. Durante todo este tempo achei que poderias mudar, durante todo este tempo acreditei que me amavas, mas não amas. Quem ama não faz o que tu fizeste, quem ama respeita, quem ama protege. O meu mundo era feito de esperança, todas as noites sonhava  ver finalmente em ti o príncipe que sempre quis que fosses. Cansei-me da tanta espera, de tanto sofrer, cansei-me de magoar e ser magoada. Por mais que te ame, não deixarei que o saibas. Talvez um dia te conte em segredo que o meu coração foi sempre teu mesmo de todas as vezes em que não o merecias, mesmo de todas as vezes em que o despedaçaste. Talvez um dia tu te tornes suficientemente homem para veres os erros que cometeste. Talvez não faças a mais ninguém o que me fizeste a mim. Talvez faças.
O mais importante agora sou eu, durante um ano deixei que fosses tu, deixei que me pisasses e submeti-me à tua vontade, às tuas "ordens". Não voltarei a baixar a cabeça nem para ti nem para ninguém. Amo-te hoje e a amanhã, mas acima de tudo, amo-me a mim. Não te guardo rancor, sê feliz.

25 fevereiro 2013

Estar longe de ti sufoca-me, a saudade persegue-me e a dor atinge-me sem qualquer aviso. Mas isto é o melhor não é? Tem de ser, todos dizem que o é e estou a ser levada, estou a fugir ao sabor do vento e enquanto os meus olhos se deixam inundar por um quantidade gigantesca de lágrimas que rolam sem parar pela minha cara, eu vivo na esperança que o dia de amanhã seja melhor, ou que pelos menos um dia deixe de me custar olhar para ti e ter de resistir, ter de meter as memórias de lado para que não vá a correr para os teus braços. Tenho gritos e palavras escondidas, não posso deixar que a máscara caia e que os outros vejam o que realmente me vai na alma, vou ser a menina forte que à um ano atrás me ensinaste a ser, vou deixar-te orgulhoso um dia vais ver. Um dia sonhei com o nosso futuro, com a quantidade de coisas que ainda iriamos fazer juntos, com a quantidade de coisas que tínhamos para dar e viver lado a lado. Lembras-te da forma como me agarravas? como me fazias sorrir? como brincavas comigo e me protegias? Dos beijinhos no nariz? Dos filmes que viamos onde eu me agarrava a ti com toda a força? Lembraste dos dias calmos e felizes?  Lamento que isso tenha sido toldado pelas coisas que nos trouxeram até este ponto hoje. Amo-te.

THE END